terça-feira, 21 de outubro de 2008

São João de Acre

Depois de ouvir as notícias do Telejornal sobre os confrontos entre jovens judeus e árabes, na bela cidade de São João de Acre, a norte de Israel; fiquei triste e não consegui deixar de me recordar da minha vagem a essa bela terra. Vieram-me à memória os belos locais que tive o prazer de conhecer em 2000, a quandoda minha ida a Israel com um grupo de peregrinos.
Lembro-me particulamante do jantar num restaurante junto ao Mar da Galileia, ou seja o Lago Tiberíades, onde comemos um peixe grelhado espectacular. Momentos antes da refeição tinhamos feito uma viagem de barco pelo lago e no meio da viagem, o barco parou e aí, naquela imensidão de água, fizemos uma oração pela paz no mundo. Foi lindo... aquele momento tocou-me para sempre!
Lembro-me de visitar Cesareia, uma cidade romana, à beira do mar Mediterrâneo... uma verdadeira pérola do património antigo! Depois Tel Aviv... uma surpresa... uma cidade moderna de contrastes entre a modernidade e o passado (apesar de marcada pela constante sensação de instabilidade!!!). Onde o mar se parece misturar com a cidade. Um areal de praia que se situa ao nível da cidade... cheio de gente jovem, moderma e dinâmica! O mundo árabe misturado com o europeu...Amei aquela cidade!
Quando penso em Israel não consigo evitar a bela cidade de Jesrusalém, a visão noctura sobre a esplanada do templo... parecia uma imagem tirada de um sonho! Não consigo deixar de pensar na riqueza latente daquela cidade, onde as casas não são pintadas mas sim forradas a pedra, onde vi as mais belas casas... O Muro das Lamentações... é um dos locais mágicos que mais me marcaram em toda a vida. Onde estão seis chamas permanentemente acesas que representam os seis milhões de judeus que perderam a vida durante a segunda guerra mundial... os sons e as cores! Os milhares de mensagens "oferecidas" ao muro com pedidos de milhões de pessoas de todo o mundo! Aquele muro está literalmente "cravado" de minúsculos papéis com pedidos e promessas de gente de todo o mundo... Lindo, sem sombra de dúvida!!!
No entanto o que faz compreender aquele "barril de pólvora", se calhar melhor do que muita gente, não é o facto de ter conhecido aquela terra abençoada, mas sim um simples promenor que me aconteceu numa noite em que saí à noite em Jerusalém. Estavamos num belo bar a dar um pézinho de dança e sem querer dei uma cotovelada numa pessoa (ou pensava eu que era!)... quando reparei que afinal tinha batido numa arma tipo G3! Fiquei em choque ao perbecer que não era o único jovem que assim estava "equipado". O meu marido, que estava comigo e por sinal tem conhecimento nestra área, explicou-me logo de que tipo de arma se tratava; acrescentando que o Estado de Israel é dos poucos, senão o único, que tem uma prontidão de 24 horas. O que quer isto dizer, afinal? É tão simples como conseguir ter um exército pronto para a defesa nacional em apenas 24 horas... Lá todas as pessoas entre os 18 e os 45 anos são obrigadas a frequentar o serviço militar. Ou seja os militares andam na sua vida normal do dia a dia fardados e armados... mas o que me chocou mais foi ver os jovens vestidos com roupa normalíssima, tipo calças de ganga e t-shirt, mas com a arma a tiracolo (como de um qualquer adereço se tratasse)!!!
Naquela terra, por onde passam 90% do volume do negócio de diamantes a nível mundial e onde largos milhares de judeus doaram um milhão de dólares cada um (no início da fundação do Estado de Israel, há mais de 50 anos, portanto!)...as pessoas parecem estar sempre à espera que a guerra lhes bata tão simplesmente à porta...

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