sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Esmola Universitária!!!

A situação que passo a narrar foi das situações mais caricatas que me aconteceram nos meus anos de aluna universitária. No meu terceiro ano, mais propriamente em Janeiro de 1992, tive a oportunidade de ser bolseira na Universidade la Sapienza e Roma , durante três meses. Foi das coisas mais engraçadas que vivi!
Nós tinhamos aulas de literatura na universidade durante a manhã e à tarde podiamos passear por Roma à nossa vontade. Conheci muito bem essa cidade, dia e noite, por assim dizer... Mas o episódio que vou contar parece ter sido tirado de um filme de Almodover, por exemplo.
Estava na aula de Literatura Medieval, com um dos Professores mais conhecido a nível mundial nesta área, o Dr. Finazzi Agro...tomando atenção para não perder o fio do pensamento... eis que entra pela sala uma jovem cigana. Fiquei espantada e ainda pior quando me apercebi que ninguém lhe ligou a mínima!!!
A jovem teria perto dos onze/douze anos, todas despenteada, com roupa suja e rota... enfim! O Professor continuou a dar a sua aula, sem para um único momento. Ela foi de mesa em mesa e estendia mão para pedir... uns davam, outros não... até que, por fim, chegou ao Professor. O Catedrático, sem para de falar, meteu a mão ao bolso e retirou a carteira. Tirou lá de dentro uma nova de mil liras (mais ou menos 50 cêntimos, actualmente) e deu-lhe. Ela indignada abana a nota para a nota e diz "Só?" (em italiano, evidentemente!). O senhor olhou para ela sobre os seus óculos, tirou outra nota igual e deu-lha! Não sei se por medo que a jovem lhe estragasse a aula ou se chamasse o resto da família que andava a pedir pelas outras salas da Faculdade!!! Super insólito... pois famílias interias andavam por ali a pedir dinheiro, comida, bebida e a conviver até com jovens da universidade... Que estranho!!!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Namoro à janela

Dá-me vonatde de dizer: Mudam-se os tempos e mudam-se as janelas! Antigamnete, segundo o que as nossas avós nos contavam, a maior parte dos namoros eram à janela. O contacto físico era quase inexistente até ao fatídico dia do casamento. As jovens apareciam grávidas... mas apenas por obra e graça do Espírito Santo (acho que as janelas nada tinham a ver com isso...).
Como os namoros eram à janela, havia sempre os cuscos a passar para tentarem ouvir algo, a vizinha que não parava de sacudir os tapetes, uma avó "surda que nem uma porta" dentro de casa a guardar a jovem. Esta avó surda é que devia ser amiga do Espírito Santo... daí as surpresas! "Se não saiu da janela como é que aquilo aconteceu?" - pensariam muitos. Grande enigma... enfim (antigamente também havia tecnologia, só não era tão avançada!!!). E pior é que ninguém suspeitava da velhinha, nem sequer punham a hipótese dela fazer de conta que estava dormir, para depois assistir a algo emocionante naquela fase já tardia da sua vida... era de total confiança, pois já tinha guardado a filha então com a neta devia ser uma especialista!!!!
Actualmente existe outro tipo de namoro, à distância de um clic! Uma outra janela... a janela do messeger! E esta é impossível de transpor... nem com avó surda a fazer de conta que adormeceu, ou que não ouviu, nem nada! Por um lado tão avançados tecnologicamente, mas por outro tão distantes fisicamente! Com uma janela impossível de assaltar à mínima distracção... a malta tem de se pôr a pau porque o namoro pode ser complicado! Pois o pretendente pode estar ao mesmo tempo junto da janela e passarinhar noutras ali mesmo debaixo dos nossos dedos... e o namoro pode ser a três ou mais (sem contar com as velhinhas de hoje que, em muitos casos, também já recorrem à net...).
Eles não sabem mas namoram... na net... sim... mas noutro tipo de janela. Uma janela menos visual mas mais virtual! Onde as palavras não se medem. Os cuscos pouco conseguem decifrar daquele código que mais parece um chorrilho de erros ortográficos. A vizinha mesmo que tente sacudir os tapetes só vê uma pessoa e um ecrã e a avó pode ressonar descançada no sofá que a neta, pelo menos ali, não vai ficar grávida! Por enquanto!
A janela da net é igual à velha janela dos namoros antigo? Não sei... quero acreditar que terá, seguramente, o mesmo efeito! E que é uma janela... lá isso é por muito estranho que nos possa parecer!!!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Explosão de Alegria...

Hoje o meu filho telefonou-me do colégio, num daqueles seus telefonemas relâmpago, estérico de felicidade! E afinal qual o motivo de tamanha felicidade? Teve uma boa nota no teste de História. Que querido... e no meio da sua euforia perguntou-me se eu não "fazia uma festa" por causa da nota dele. Expliquei-lhe que o local onde estava não o permitia! Ficou um pouco descontente... mas parece ter compreendido! Mudou logo de tonzinho de voz e dissemos adeus um ao outro!!!É pena não podermos por vezes ter uma explosão de alegria espontânea... em vez de uma explosão controlada! Mas profissão a quanto obrigas...

sábado, 25 de outubro de 2008

Mais vale...

Gosto sem dúvida dos dizeres populares... se bem que na minha juventude os achava exagerados e desadequados às realidades onde eram usados! Provavelmente não os compreendia... no entanto, hoje em dia, vejo que muitos deles só se foram tornando claros com o passar do tempo.
Lembro-me de ler na escola obras de Gil Vicente e de até achar muita piada aos textos em si, contudo só o tempo me explicou uma das mensagens que talvez seja, para nós mulheres, das mais importantes para conseguirmos a tão "desejada" felicidade. A expressão aparecia no texto dramático "Farsa de Inês Pereira" e era algo do género: Mais vale asno que me carregue do que cavalo que me derrube!
Asno? Burro? Cavalo? Estas palavras nada pareciam ter a ver com o contexto da obra em si... nem a moral da história parecia fazer sentido. Foram-se passando os anos e e esqueci-me desse texto. Só por necessidadde voltei a pegar nele e a lembrar as leituras feitas nas aulas. Passo agora a explicar esta expressão: vamos substituir asno por namorado/marido/homem (como queiram! Uma pessoa de condição social mais baixa, alguém menos bela, sem descendência nobre...), o verbo carregar por acompanhar/respeitar, cavalo pelas mesmas referências masculinas mas de maior gabarito (ou seja pessoa que se encontra melhor socialmente, mais bem apessoada, mais bonito...) e por último substituimos o verbo derrubar por algum do género... humilhar/desprezar/desrespeitar! Então?
Ficaria algo do género: Mais vale homem "pobre" que me respeite do que outro homem "rico" que me humilhe... por exemplo!? E assim já faz sentido?
Quantas histórias nós conhecemos na sociedade de pessoas que ignoram esta lição da vida? Pois a tão desejada felicidade está ao alcance de todos nós, apenas temos de fazer algo para a encontrar. Se dizem que muitas vezes está nas nossas mãos, porque é que não a vemos? E se vemos porque é que não fazemos nada com essa felicidade? Ou por ela? Parece fácil... mas às vezes só nos aperecem cavalos ou só asnos...e aí a coisa complica-se!
No entanto não deixa de ser um conselho intemporal... Gil Vicente era um futurista!Há coisas que não mudam com o tempo e a nossa possibilidade de escolha é seguramente uma delas!!!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

São João de Acre

Depois de ouvir as notícias do Telejornal sobre os confrontos entre jovens judeus e árabes, na bela cidade de São João de Acre, a norte de Israel; fiquei triste e não consegui deixar de me recordar da minha vagem a essa bela terra. Vieram-me à memória os belos locais que tive o prazer de conhecer em 2000, a quandoda minha ida a Israel com um grupo de peregrinos.
Lembro-me particulamante do jantar num restaurante junto ao Mar da Galileia, ou seja o Lago Tiberíades, onde comemos um peixe grelhado espectacular. Momentos antes da refeição tinhamos feito uma viagem de barco pelo lago e no meio da viagem, o barco parou e aí, naquela imensidão de água, fizemos uma oração pela paz no mundo. Foi lindo... aquele momento tocou-me para sempre!
Lembro-me de visitar Cesareia, uma cidade romana, à beira do mar Mediterrâneo... uma verdadeira pérola do património antigo! Depois Tel Aviv... uma surpresa... uma cidade moderna de contrastes entre a modernidade e o passado (apesar de marcada pela constante sensação de instabilidade!!!). Onde o mar se parece misturar com a cidade. Um areal de praia que se situa ao nível da cidade... cheio de gente jovem, moderma e dinâmica! O mundo árabe misturado com o europeu...Amei aquela cidade!
Quando penso em Israel não consigo evitar a bela cidade de Jesrusalém, a visão noctura sobre a esplanada do templo... parecia uma imagem tirada de um sonho! Não consigo deixar de pensar na riqueza latente daquela cidade, onde as casas não são pintadas mas sim forradas a pedra, onde vi as mais belas casas... O Muro das Lamentações... é um dos locais mágicos que mais me marcaram em toda a vida. Onde estão seis chamas permanentemente acesas que representam os seis milhões de judeus que perderam a vida durante a segunda guerra mundial... os sons e as cores! Os milhares de mensagens "oferecidas" ao muro com pedidos de milhões de pessoas de todo o mundo! Aquele muro está literalmente "cravado" de minúsculos papéis com pedidos e promessas de gente de todo o mundo... Lindo, sem sombra de dúvida!!!
No entanto o que faz compreender aquele "barril de pólvora", se calhar melhor do que muita gente, não é o facto de ter conhecido aquela terra abençoada, mas sim um simples promenor que me aconteceu numa noite em que saí à noite em Jerusalém. Estavamos num belo bar a dar um pézinho de dança e sem querer dei uma cotovelada numa pessoa (ou pensava eu que era!)... quando reparei que afinal tinha batido numa arma tipo G3! Fiquei em choque ao perbecer que não era o único jovem que assim estava "equipado". O meu marido, que estava comigo e por sinal tem conhecimento nestra área, explicou-me logo de que tipo de arma se tratava; acrescentando que o Estado de Israel é dos poucos, senão o único, que tem uma prontidão de 24 horas. O que quer isto dizer, afinal? É tão simples como conseguir ter um exército pronto para a defesa nacional em apenas 24 horas... Lá todas as pessoas entre os 18 e os 45 anos são obrigadas a frequentar o serviço militar. Ou seja os militares andam na sua vida normal do dia a dia fardados e armados... mas o que me chocou mais foi ver os jovens vestidos com roupa normalíssima, tipo calças de ganga e t-shirt, mas com a arma a tiracolo (como de um qualquer adereço se tratasse)!!!
Naquela terra, por onde passam 90% do volume do negócio de diamantes a nível mundial e onde largos milhares de judeus doaram um milhão de dólares cada um (no início da fundação do Estado de Israel, há mais de 50 anos, portanto!)...as pessoas parecem estar sempre à espera que a guerra lhes bata tão simplesmente à porta...

sábado, 18 de outubro de 2008

Presente Envenenado!!!!

Pode parecer que este texto é irónico, face ao dia de ontem, mas na verdade não o é propriamente referente a ele!!!
Nem tudo o que perece é... e quantas das vezes os nossos olhos só vêem aquilo que nós queremos ver? Ou o que vemos não queremos aceitar... e por aí a fora! Talvez possamos dizer que a visão é o sentido que mais vezes nos trai. Pois em quantas situações nós vemos uma coisa e depois não é bem aquilo?!
Quando falo em presente envenenado estou a referir-me a algo que pode parecer uma coisa e depois na realidade tem um sabor amargo e totalmente diferente do que parecia ser. Nas histórias o mal nunca vem ele "próprio", aparece sempre "disfarçado"! Vamos ver o exemplo do lobo mau quando se disfarça de avozinha na história do "Capuchinho Vermelho", para atrair a criança... a velhinha boazinha que dá a maçã à Branca de Neve... a senhora que deixa a princesa usar a roca na "Bela Adormecida"... enfim ou vemos estas histórias com atenção redobrada e compreendemos, por nós mesmos, que as pessoas para nos atrairem e depois nos trairem se disfarçam de boas pessoas... ou então vamos sofrer o resto da vida!!!
Se não pertendemos uma coisa não devemos desejá-la! Mas como sabemos que não a queremos se nunca a tivemos? Então devemos tentar abordá-la sem falsidade, sem máscara, sem segundas intenções... no fundo de espírito livre! Pois é... e se do outro lado a "máscara" está posta e as garras só estão temporariamente escondidas? Temos de jogar à defesa e tentar perceber qual o momento que devemos mostrar também as nossas garras e colocar, não a máscara falsa mas o elmo para a luta, e até prender o cabelo (que na antiguidade para os homens significava inicío de uma batalha!).
Não gosto de falsidade e odeio segundas intenções, especialmente mal disfarçadas e pouco adequadas às situações. A falta de coragem e a cobardia também revelam muito da personalidade de uma pessoa... é pena que muitos a usem como máscara de disfarce em vez do elmo de guerra (pois para esta ele tão têm sequer a mínima coragem!!!!)

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

O desejo injustamente adiado...

Bem queria mas não consigo escrever todos os dias. Não por falta de inspiração ou de tempo, mas simplesmente, porque o PC não está muitas vezes disponível. A gente jovem lá de casa quer jogar ou estar no hi5 e até o pai não deixa de lado os seus jogos de estratégias!!!! Às vezes parece mais viciado do que os próprios filhos... A mim restam-me as tarefas diárias (que faço com prazer e não me queixo, pois são inerentes ao "cargo" de mamã e dona de casa).
Por vezes pergunto-me como é que uma pessoa se pode sentir feliz a estender roupa e a passar a ferro? Se as tarefas forem desempenhadas com carinho e afecto... procurando sempre que possível a perfeição... assim acabam por não parecer tão pesadas! Não falo com ironia mas sim com verdade!!!!
Não vou deixar de escrever, dê por onde der! Pois eu acho que a escrita é um dos maiores dons e é uma pena o facto de estar a desaparecer gradualmente. As pessoas estão a perder a capaciade de comunicação.
Sinto-me no meio da História da Humanidade! No meio daqueles que não comunicam por falta de conhecimento, porque eram analfabetos, e dos que vão ser descrentes da palavra escrita no futuro bem próximo! Deixarão a palavra de lado e o pouco que comunicam irá desaparecer em breve também... e a carta manuscrita até já nos parece algo do século passado e mesmo digna de museu...
Vou escrever uma carta a alguém... à mão claro!!!!

domingo, 12 de outubro de 2008

Escolhas incertas

Quantas de nós nos deparamos com escolhas que poderão alterar o nosso futuro? Escolhas que nos podem levar a um futuro incerto! Por exemplo? Quando escolhemos o curso a seguir. Muitas das vezes não conseguimos antever as necessidades do mercado de trabalho ou, simplesmente, não temos quem nos guie nas nossas decisões. Os pais são muitas das vezes os nossos conselheiros e tentam, da melhor maneira, ajudar-nos numa escolha face ao futuro. O que acontece é que, em muitas situações, não se guiam pelos nossos gostos ou opções... seguem os sonhos deles que ficaram algures perdidos no tempo.
Recordo o que se passou com meu irmão, por exemplo! Ele sempre foi bom aluno, e digo bom porque nunca teve uma única nota negativa, até chegar ao ensino superior. Quando teve de concorrer para a universidade conseguiu entrar na faculdade e em duas academias (Escola Naval e Academia Militar). Acabou por optar, influenciado pelo meu pai, pela Escola Naval...
O Resultado não foi o melhor... não concluiu a academia, andou a trabalhar e recandidatou-se à faculdade (para um curso que não acabou!)... esteve efectivo num banco e resolveu abandonar esse emprego... e por aí a fora! Tudo isto porque alguém o tentou guiar, impondo a sua vontade. Ele apenas queria estudar electrónica e mecânica... um curso que não havia em Portugal na altura! Os meus pais poderiam-lhe ter pago o curso que ele tanto queria no estrangeiro, pois seguramente, teriam poupado muito mais dinheiro e saúde a todos nós!!!!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

A verdade verdadeira!

Por vezes as pessoas tomam atitudes que não equivalem à realidade, ou seja, tomam uma posição para defender/esconder uma situação do seu agrado ou da sua perferência. Quantas vezes as pessoas dizem não o que pensam mas o que os outros querem ouvir?
A hipocrisia é sem dúvida uma tristeza especialmente quando existe gente que a usa como uma qualidade humana de carácter! E pior quando alguém vê noutra pessoa essa hipocrisia (visível aos olhos de todos) como um ponto forte da personalidade... ou até uma das suas melhores qualidades!
Quem não conhece a mítica personagem do "lambe botas", o cínico de serviço, que desempenha as suas funções melhor do que ninguém... mesmo que isso implique passar sobre seja de quem fôr! Ah... e manter sempre um sereno sorriso nos lábios.
Ora aqui está umas das características que mais "odeio" numa pessoa... a hipocrisia! O pior é que esta característica depois vem associada à falsidade, à injustiça, à estupidez e até à ignorância... que por vezes se veste de prepotência! Aí está tudo estragado... essa pessoa fica com os animais que já provaram sangue e não consegue deixar esse poder sórdido de achar que tem sobre os outros. Quantas pessoas nós conhecemos da história que pensavam que eram invencíveis? É só pensar um pouco... e depressa se vê que não foram, aliás não são, assim tão poucos...
Senta Bobi...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Dietas...

Acabou o Verão lá podemos nós engordar de novo! Em primeiro lugar já não temos de usar bikini por uns tempos e depois temos a desculpa de que se está a proximar a época natalícia... como tal, não podemos deixar de comer aquelas coisas boas que nos vão aprecer na messa, nessa data!!!
Mulherada toca a comer e recarregar as reservas de gordura para o longo peíodo de Inverno... depois logo vamos para o ginásio a seguir ao ano novo!!!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Falta de Tempo

Hoje sinto um peso na consciência... dediquei pouco tempo ou quase nenhum à minha cria mais nova! Como tal não vou escrever e vou ver desenhos animados com ele para o sofá...

domingo, 5 de outubro de 2008

Mudam-se os tempos mudam-se as vontades!!!

O bem da verdade nem todas as vontades se mudam, apesar dos tempos... pois há algumas que até só se tornam mais visíveis!!! Acho que nem preciso de mencionar muitas delas...
Hoje em dia fala-se tanto de pedófilia e a homossexualidade, por exemplo, no entanto quem conhece um mínimo de história sabe que era uma prática bastante comum na antiga Grécia. E não só... Quem diria que este tipo de práticas sexuais eram tão "banais" no seio do povo que está ligado à origem da civilização ocidental? No berço da nossa civilização, onde tantos filósofos, pensadores, inventores e médicos (autênticos génios ) fizeram a humanidade ir mais além... é uma ideia quase impensável!... Dificilmente conseguimos imaginar este tipo de atitude!
Só podemos pensar que, de certa forma e ainda bem, a sociedade evoluiu... ou pensamos que sim! Podemos até respirar fundo e concluir que é passado mas depressa percebemos que mudaram apenas os tempos...

Relações Humanas

Aqui há uns anos, uma colega tinha lido numa revista de estrangeira de ciência, havia pouco tempo, um artigo sobre a extinção da espécie humana. Na altura nem liguei muito ao que ela falava mas recordo-me claramente dela enumerar diversos aspectos, que bem analisados, irão possivelmente levar ao nosso desaparecimento da face da Terra.
Um dos aspectos eram doenças que não tinham cura, ou pelo menos, não havia a pressa em encontrar uma solução para as mesmas (e na verdade para além da sida, para a qual ainda não se encontrou uma solução, existem doenças que estavam praticamente erradicadas e parecem ter voltado do passado para nos assolar). Isto para não falar nas doenças criadas em laboratório, ou seja, a dita "gerra química".
Outro aspecto era o facto da interrupção voluntária da gravidez, mais conhecida pela "simples" palavra "aborto". Pois este factor pode-nos parecer normal, no entanto observado pelo ponto de vista da evolução humana e preservação da espécie, é um factor determinante, pois a própria espécie interrompe voluntariamante o ciclo da vida. E isto é algo que apenas acontece na espécie humana! Isto associado às mais diversas situações que hoje em dia impedem os casais de ter filhos... contudo se olharmos para a população mundial depressa percebemos de que não estamos sozinhos neste planeta! Pois não... mas o desequilíbrio é bem visível!
O referido desquilíbrio da distribuição humana pela Terra está a levar ao uso desmedido dos recursos do planeta, por sua vez ou esgotamento de muitos recursos naturais; devendo ainda associar a toda esta situação "explusiva" factores como a poluição, as alterações climatéricas, a saturação dos solos, etc, etc...
Segundo aquele artigo nós, homens e mulhres, deste planeta temos os dias contados!!!
Se calhar por isso, por estarmos tão "perto do fim", tudo esteja a ser tão rápido e efémero... e as relações humanas não poderiam ser uma excepção à regra. Senão vejamos, os nossos antepassados juntaram-se e também procriaram (e em alguns casos muito bem sucedidos, diga-se de passagem!), não tinham telefones, a larga maioria não sabia ler nem escrever, como tal não escreviam cartas uns aos outros, muito menos telemóveis, acesso à net e tudo mais que hoje invadiu as nossas vidas quotidianas!
Toda esta evolução tecnológica parece ter vindo facilitar a nossa comunicação e, até à primeira vista, poderá parecer que nos aproximou. No entanto tirou-nos o lugar sagrado da palavra "cara a cara", o aperto de mão para selar um negócio, o abraço de despedida ou o beijo da chegada. Enfim estamos a substituir tudo por um sms, pelas conversas no msn, pela mensagem do mail... e até estamos a fugir da conversa pelo telemóvel! Se não comunicarnos correctamente a palavra vai-se perder e com ela a aproximação entre nós... e daí até as relações humanas estarem em perigo é um passo! O que pode estar além desse mesmo passo poderá ser o abismo... sem querer ser o "Velho do Restelo" acho que ainda estamos a tempo de nos salvarmos!
Bora ler um belo livro e escrever uma longa carta a um amigo...

sábado, 4 de outubro de 2008

Recordações loucas...

Ontem estive a arrumar umas fotos que andavam pedidas pela casa (não é muito invulgar encontrar coisas fora do sítio nesta casa... aqueles três putos encarregam-se bem dessa função!). Encontrei umas fotos de umas festas... tentei recuar no tempo... e subitamente verifiquei que tinham passado aproximadamente 20 anos!!! Como é possível 20 anos, sem eu dar por nada?
As fotos estavam o máximo, pois para além do nosso ar (meu e das minhas amigas) ser de verdadeira felicidade parecia que tinhamos o "mundo nas nossas mãos"... eramos tão loucamente felizes e nunca pensámos que iriamos crescer, terminar os estudos, trabalhar, casar, ter filhos... No que é que a vida nos transformou? Pensei de repente... estamos todas casadas e com filhos! No entanto, o meu pensamento foi subitamente invadido por memórias recentes, pois a última vez que estivemos juntas o tempo não tinha feito estragos no nosso sentido de humor, na nossa alegria face à vida e nas nossas loucuras dos bons e velhos tempos!!!
Diz-se que todos temos uma criança dentro de nós... nós devemos ter várias e das mais diversas idades, as quais nos deixam neste estado de perfeita loucura e desatino sempre que nos encontramos e revivemos os tempos de há 20 anos...

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Compras...

Quase todas as mulheres, salvo raras excepções, adoram ir às compras... mas, não propriamente, ao supermercado fazer as compras do mês!!! Qual de nós não delira comprar mais um "trapinho" numa das lojas por onde passamos num belo fim de tarde? Não porque o guarda-roupa esteja vazio, nem por termos emagrecido ou engordado de repente, mas sim pelo único prazer que temos em adquirir um novo objecto que nos leve um passo mais à frente no duro caminho da beleza!
Quantas vezes nos arrependemos logo de seguida? Pois, tomamos consciência de que a nossa "compra" vai ser pouco usada, ou não combina com as restantes peças de roupa, ou nunca irá surgir a ocasião certa de a usar, ou porque afinal o número nem era bem aquele (com a pressa de comprar e não perder muito tempo, acabámos por não a experimentar...). Enfim a aquisição parece ter sido feita só para ocupar espaço no armário lá de casa!
No entanto devo confessar, que da minha parte, me sinto de alma renovada sempre que aumento o meu número de trapos no armário... mas, por vezes, fico muito "infeliz" porque acho que não tenho a peça certa para vestir com as calças que escolhi para sair de casa nesse dia! Parece estranho com tanta tralha ali ao meu dispôr!?
O desejo de ter algo novo e fora do comum é um sentimento muito estranho! Vou dar um exemplo muito engraçado que me aconteceu o ano passado. Saiu, numa dessas revistas de moda, a publicidade a um novo verniz da Lâncome. Era acastanhado, com minúsculas partículas brilhantes e tinha uma inovação: a embalgem trazia um íman que colocado junto da unha, depois de aplicada a segunda camada de verniz, fazia destacar as partículas de ferro que estavam contidas no líquido, deixando desenhada na unha uma espécie de estrela! Super original...Uma colega minha disse que tinha comprado o dito verniz, mas que tinha sido enganada, pois a suposta imagem não aparecia na sua unha, apesar de ter seguido as instruções da embalagem. Eu e outra colega (talvez curiosas e desejosas de experimentar) pedimos-lhe que trouxesse o verniz no dia seguinte. Assim foi, num dos intervalos da manhã, experimentámos... e depois de lhe pintar uma unha com a segunda camada e de pôr a dita engenhoca junto da unha, tal como dizia nas instruções da caixa, surge então desenhada uma bela estrela! Pareciamos umas crianças felizes com um novo brinquedo! Resultado: todas quisemos ter o bendito verniz, que estava esgotado, na altura, devido ao enorme sucesso junto da mulherada! Corri eu, porque moro mais perto, uma série de centros comerciais. Comprei alguns vernizes e encomendei outros! Nem sei a loucura que foi para encontrar o bendito do verniz milagroso... Depois de tanta loucura e euforia, posso dizer que se o vi pintado nas nossas unhas uma vez, deve ter sido muito! Que estranho... Será que o desejo de ter aquele objecto nos passou a todas no mesmo momento? Ou seja depois de termos comprado o que tanto desejavamos? Foi uma sensação estranha... pois parece que foi mais um verniz a juntar às nossas vastas colecções de casa... apenas isso!!!
Ontem por exemplo fiquei feliz, isto porque andava a passar uma vista de olhos e eis, que de repente, encontro um plover cinza (que já nem me lembrava dele, nem sei quando o comprei, muito menos me lembro de o ter usado uma única vez...). Pensei "Olha isto é meu?"... a alegria de o ter na mão assemelhou-se à sensação que eu tenho numa loja quando adquiro uma peça nova!! Fantástico... pois, no tempo de crise em que estamos, acho que resolvi o modo de controlar o meu enorme fascínio pelas compras: vou esconder, discretamente, no armário algumas roupinhas (podem ser de Verão, por exemplo) e quando der uma nova ronda ao conteúdo do armário e encontar algo do qual já nem me lembrava... vou ter a sensação de ter comparado algo de novo!!!! Penso que sim!... Solução prática e económica... vou tentar!
Mas hoje se fôr ao centro comercial... blá blá... esquece lá isso...

Ontem... pelo Colombo

Posso dizer que ontem foi um dia muito activo... para não variar!
Saí de casa logo de manhã e levei a minha filha à escola ( a qual acabou por não ter aulas devido à greve...), segui calmamante pela estrada do Algarve, em direcção a Grândola, à escola onde lecciono. Percorro todos os dias 93Km até chegar à porta de minha escola e faço exactamente o mesmo de regresso a casa no final do dia... para mim parece-me normal este trajecto (apesar de ver a cara de pânico de muitas das pessoas quando lhes indico o meu local de trabalho!!!!). Dei as minhas aulas e depois de regressar a casa fui buscar os meu infante ao colégio, preparei-o e segui, juntamente com os filhotes, em direcção de Lisboa... Destino Colégio Militar! Pois, com a ausência pontual do progenitor, fiquei eu com árdua tarefa de ir buscar este meu filho ao colégio para gozar uma das poucas saídas que lhe são permitidas por semana!
Já à chegada foi ter connosco uma grande amiga da filhota que iria jantar na nossa companhia. Entrámos no colégio e aguardámos pela saída do jovem estudante... que levou o seu tempo (também para não variar...). Daí seguimos para a catedral do consumo intitulada "Colombo"... fomos jantar ao gosto da juventude... MacDonald´s, Pans, Burger King...a partir daí as meninas que me acompanharam teriam muito que falar sobre esta visita. Elas fizeram-me lembrar os meus tempos de jovem de 15/16 anos... das trocas de olhares com os jovens de sexo oposto, dos interesses, das voltinhas por certos locais sem rumo, com uma ideia mas sem destino, os olhares cumplices, as cotoveladas, as piadas, os risinhos loucos, etc...
Adorei observá-las e ver que afinal estão a crescer!
Pois na verdade... no armário os ténis All Star e os Vans começam a ficar misturados com os sapatos de salto alto...